sábado, 25 de abril de 2009

Regras para o meu velório


Hoje um amigo me contou que escreveu seu testamento.

Ontem outro amigo me contou que escreve cartas suicidas.

Anteontem minha sogra me lembrou que quer ser velada com o caixão fechado e a tarefa de não deixar ninguém esquecer é minha.

Com tantas futuras mortes à espreita, lembrei que tenho que organizar meu funeral antes que ele chegue.Meu deus! Que difícil organizar uma festa na qual, apesar de personagem principal, você não passa de um coadjuvante! Mesmo deixando a lista de convidados e as regras da casa, pode ser que todos descumpram tudo e você queira levantar do seu posto para interferir.

Que tal se eu tenho uma pessoa super secreta com quem eu tenho um pacto funerário (?) e não deixam a pessoa entrar na festinha?

Que tal se tem alguém que me fez muito mal, me deixou muito triste e eu a proíbo de chegar a menos de dois metros do meu caixão, e além de estar a dois dedos do meu rosto, ainda derrama lágrimas sobre os meus olhos? Juro que eu cuspo essas lágrimas de volta!Vou tentar então descrever o perfect funeral para não haver erros na hora do show.

There you go!


. Figurino:


É lei!

É imexível!

Passei a vida vestida de preto.

Então é obrigatório que eu esteja de preto.

Se eu engordei, cubram meus quadris e pernas com flores brancas ou vermelhas. Por favor, rosas! Não me venham com flor do campo e crisântemos que eu detesto! Não é um casamento nos anos 80!

Também não é desfile de escola de samba: Claro que vai aparecer uma tia ou uma palpiteira de plantão pra dizer: Mas ela está tão apagadinha...Vamos colocar uma roupa mais alegrinha.

É lógico que eu estou apagadinha! Estou MORTA!!! O batom é cor de boca, nada nos olhos, rimmel e só. Não ao blush em defunto! É patético. Defunto não fica corado! O cabelo é preso, para trás. A roupa é preta. To morta, mas não sou fraca. Nunca fui. É Jackie O, é Grace Kelly. Não me venha com menos.

Não se sintam mal por entregar para a terra comer uma roupa da G, um brinco bonito, uma camisa Dior. Mas não me mostrem pra ninguém se eu estiver meia boca.

E nem sonhar com uma blusa azul clarinha!


Sonoplastia


Por favor, chorem baixo.

Don't be loud!!

Retirem discretamente do recinto pessoas que choram alto e dizem frases de efeito durante o choro. Nada de escândalos, eu já não escuto mais! E por favor, óculos escuros é tudo nessa hora.

Não quero homenagens cantadas. É triste e patético. Não existe uma música que combine com a minha morte. Se existir eu aviso. Não quero que cantem nada que eu não gosto só porque está na moda, saiu na Globo, uma tia acha lindo, ou o Daniel regravou (Aff!). NÃO para AMIGOS PARA SEMPRE! NÃO para AMIGO É COISA PRA SE GUARDAR...Ai que horror! NÃO para EU SEI QUE VOU TE AMAR (não quero que ninguém me ame por toda a vida se eu já não estou aí para corresponder). E se alguém se empolgar numa homenagem musical, que seja na versão original, em som mecânico. E dancem!

Deixem um som ambiente, com músicas que eu gosto. Não permitam um silêncio mortal para as pessoas que ainda estão vivas. É cruel.


Direção de arte


Se chover, guarda-chuvas pretos. WOW!

Se não chover, não levem três horas andando e carregando caixão. Meus amigos já vão estar velhinhos e não merecem essa caminhada no sol.

Velas. Sim velas, nunca aquelas lâmpadas em formato de vela que as capelas fornecem. Flores brancas ou vermelhas. Acho que as vermelhas têm mais a cara da vida que eu vivi. Se me mandarem coroas, tentem que as fitas não sejam da cor roxo-hematoma. Ninguém merece! Podem ser vermelhas. Vai ficar com cara de Natal. Eu adoro Natal.


Catering


Por favor, respeito com as pessoas que vão ficar muito tempo nessa lenga lenga de velório. Elas vão estar nervosas, tristes e a cada meia hora vai chegar alguém que vai fazê-las chorar. Então, vale a pena contratar alguém que alimente as pessoas, ponha um pouco de glicose dentro delas para se acalmarem. O café deve estar quente e de preferência não ser servido em copo descartável que é muito bagaceiro. Que pobreza!Talvez um vinhozinho na madrugada (hm... nem quero que isso dure até a madrugada) para esquentar e animar. Piadas de velório são ótimas! Deixem essas pessoas descontraírem um pouco.


Os convidados


É claro que não há lista de convidados, mas há cuidados a serem tomados quanto a eles.

Antes de qualquer coisa, não julgue. Talvez apareça alguém que todos juram que não merece pisar no mesmo solo que eu. Deixem-no entrar, me ver, falar baixinho, mexer em mim. Essa pessoa pode precisar pedir perdão. Pode me devolver alguma coisa. Pode precisar chorar algo que não chorou quando devia. Afastem-se e permitam que ele chore. Mesmo os maiores inimigos. Essa é uma hora de tentar resgatar alguma coisa.

Amigos que ninguém nunca viu: Sim eu os tenho. Muitos. Vários. Não olhem feio pra eles. Vai aparecer a caixa da padaria, a vendedora da lojinha, o motorista do táxi, a diarista, o manobrista, pessoas com quem eu passei a vida sendo simpática e gostam de mim por gostar.


PUBLICITÁRIO EM CURITIBA:


Sim...Esses são os mais complicados. Por exemplo, o meu amigo que escreveu o testamento me disse que vai me passar a mão. HA! SAFADO! Disse que dali pra frente, só a terra vai comer mesmo...Hahahha! Pode acontecer!

Pode acontecer de loucos me beijarem. Pode acontecer!

São os necrófilos do bem. Os que vão querer realizar na minha morte o que não conseguiram em vida. E que engraçado vai ser!

Acho meio complicado. Isso pode irritar algumas pessoas. Então aconselho a contratar alguém para ficar na porta pedindo os dados dos convidados. Nome, RG e profissão. Se for criador e atendimento de agência de propaganda nascido antes de 1980, cuidado! BEIJADOR DE DEFUNTO ALERT!


Discurso


Vamos evitar esse constrangimento...Não quero discurso feito por algum amigo do amigo que fala bem. Nem por alguém que vá sofrer e chorar na hora de falar. Eu sou cara de pau e vaidosa o bastante para escrever meu próprio discurso fúnebre e deixar para alguém ler. Também não quero um padre recitando a mesma coisa que diz em todos as missas de corpo presente. Prefiro que todos rezem juntos o Pai Nosso que é a minha única oração. E fim.

Eu já vou estar mais do que encaminhada nessa hora.


Restos mortais


Por natureza são chamados restos. Ninguém quer ficar com restos. Nem a terra merece. Então, minhas cinzas não devem ser guardadas. Quero que sejam jogadas no Malibu Canyon, sentido sul, na primeira curva onde o Pacífico aparece, em alguma slide area. O lugar onde minha cabeça aprendeu a voar mais longe, meus olhos aprenderam a ver o invisível.


Reencontro


O velório de alguém é sempre um lugar de reencontros surpreendentes. Aproveitem. Se não há o que festejar porque eu morri, festejem os reencontros. Saiam para jantar juntos (Ninguém merece ficar a noite inteira num velório.), bebam por mim, falem bobagem, riam bastante, contem as minhas histórias. Conversem com pessoas que vocês não sabem quem são e tentem descobrir em que momento elas entraram na minha vida. Um velório tem que ser produtivo em algum momento.

Eu não quero hipocrisia! Ninguém fica triste o tempo inteiro, por isso não é feio rir no velório, nem falar alto. O morto já morreu. Não vai acordar! Pelo menos não eu.

Acho que as regras básicas estão aí.

Espero que vocês ajudem a cumpri-las, porque eu não vou mais poder dar essa mãozinha.

Um beijo amigo no seu umbigo.




copiado de um blog na net,


Mercedes Gameiro(retirei do blog dela )


achei interessantissimo e divertido....

sexta-feira, 24 de abril de 2009

♥♥♥♥ Estação das Perdas♥♥♥♥





Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.

Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.

Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.

Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos, seios, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.

Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?

E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.

Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso. e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer, exceto aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.

Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.


Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão. E que missão! Fique em Paz.


Autor Desconhecido

FAZER AMOR *






Fazer amor é pisar na eternidade.. .


Fazer amor é coisa séria demais...


Não basta um corpo e outro corpo


misturados num desejo insosso


desses que dão feito fome trivial


nascida da gula descuidadaaplacada sem zelo


sem composturas, sem respeito


atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.


Fazer amor é percorrer as trilhas da alma


uma alma tateando outra alma


desvendando véus


descobrindo profundezas


penetrando nos escondidos


sem pressa ... com delicadeza.


Porque alma


tem textura de cristal


deve ser tocada nas levezas


apalpada com amaciamentos


até que o corpo descubra


cada uma das suas funções.


Quando a descoberta acontece


é que o ato de amor começa.


As mãos deslizam sobre as curvas


como se tocando nuvens


a boca vai acordando e retirando gostos


provando os sabores


bebendo a seiva que jorradas nascentes escorrendo em dons.


É o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.


Fazer amor é Ressurreição!


É nascer de novo!


No abraço que aperta sem sufocamentos


No beijo que cala a sede gritante


Na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.


Vale chorar


Vale gemer


Vale gritar


porque aí já se chegou ao paraíso


e qualquer som há de sair melódico e afinado


seja grave, agudo, pianinho.


Há de ser sempre


o acorde faltante


quando amantes


iniciam o milagre do encontro.


Corpos se ajustaram


almas matizaram.


Fez-se o Êxtase!


É o instante da Paz


É a escritura da serenidade


E os amantes em assunção pisam eternidades!






Fazer amor* - (Poesia encontrada em um mosteiro)




imagem tirada do google

quinta-feira, 23 de abril de 2009

meu aniversario (20/04)




Ontem foi uma festa...


foi o meu aniversário.. .


Tirei os meus sonhos de dentro do armário...


Fiz do tempo uma mágica...


Pensei no passado e no futuro...


e virei uma página da vida...


Ontem foi o meu dia, tomei alegria...


brindei e brinquei à vontade,


o que vale é felicidade.. .


E comemorei a maravilha de ser alguém especial...


porque ontem ,


comemorei com meus novos e velhos amigos,


amigos reais e virtuais,


amigos de msn,


amigos de orkut


amigos só de telefonemas,


amigos que só dão presentes,


amigos que estão sempre lado a lado


amigos que não se importam


se tem festa ou não,


amigos que lembraram


amigos que esqueceram,


porque sei que eu estava em seu coração


mais um ano de vida


maravilhoso ,


sem igual


ao me deitar soube que cada amigo esteve comigo


um beijo e muito obrigada..




Myrian Benatti




escrito dia 21/04/09

Seu Aniversário


Dizem os orientais que,

Mesmo não gostando,

Devemos festejar nossos

Aniversários para, assim,

Agradecer às entidades espirituais

Que estão a nossa volta

E nos protegem desde o nosso nascimento.


Desta forma, note o número de amigos

Que com você caminham,

Ajudando-a, protegendo-a,

Com uma palavra ou

Prece.


Assim, mesmo que não goste,

Festeje este dia

Numa sincera homenagem

Aos que,

Material ou espiritualmente,

Estão a sua volta.

Feliz Aniversário.



Marcio Kneipp

TODOS OS DIAS, NÃO UM ANO!





Anniversarius,

Um ano!

Muito tempo passado

Para se comemorar.


Diarium

É do dia!

Tempo certo

Para se comemorar.


Acordar e comemorar

Mais um dia, todos os dias,

Dia de festa,

Dia de vida!


Café matinal,

Uma festa!

Adormecer,

Uma dádiva...



Tufic Meokarem

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A Despedida do Amor – Martha Medeiros




Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...

Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.

sábado, 18 de abril de 2009

QUANDO MEU ONTEM CHEGAR








Quando meu ontem chegar,
quero que seja recebido
sem mágoas ou ressentimentos
e um sorriso receptivo
signifique que é bem vindo.
Quando meu ontem chegar,
gostaria que tivesse à sua volta
histórias engraçadas, lendas inventadas
e até algumas mentiras tornadas verdadeiras.
Que se esquecessem do cinza
dos aborrecimentos eventuais,
mas lembrassem do azul de uma vida que,
se não colaborou,
pelo menos tentou passar
o mais despercebidamente possível.
Quando meu ontem chegar,
que ainda exista a mangueira no quintal da infância,
responsável pela sombra protetora de tantos sonhos
inconseqüentes nos momentos ali vividos.
Quando meu ontem chegar,
para a curiosidade despertada em nova geração
pelo retrato encontrado no fundo de uma gaveta,
diga-se ter sido alguém
não responsável por grandes feitos
além de ter vivido e tentado cumprir
sem sucesso,
com a missão que lhe fora destinada,
até que seu ontem chegasse...


Marcio Kneipp

sábado, 11 de abril de 2009

Minha lista de blogs

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PARA ONDE VOU?


Pra onde vou?
não sei
e por que as pessoas precisam saber
para onde vão?
eu vou pra qualquer lugar
vou por aí,onde quer que haja uma flor,uma estrela,um pedaço de nuvem..
onde quer que haja alguém
que saiba ler dentro de mim
que não saiba de onde vim
nem me faça perguntas... para onde vou?
vou pra qualquer lugar
onde haja sorrisos
e lagos serenos
campos de alfazema
beiras de narcisos...
se queres vir comigosó te peço silêncio
não espante as borboletas do caminho
e não perguntes nunca
para onde estou indo...


MARIZA ALENCASTRO

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Colorado, Paraná, Brazil
Sou poesia,sou procura, sou ilusão.