segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Democracia


A única liberdade que temos, é a do pensamento só ela é democrática...

Qualquer outra liberdade de expressão seja ela falada ou escrita, sempre serve de carapuça a outrem.

No pensamento ninguém lhe manda calar a boca.

Mas também não se põe sonhos em prática.

Só nos resta pagar para ser livre.


(Myrian Benatti)

sábado, 29 de agosto de 2009

A Seca não pede passagem, avança!!!




Estamos no final do mês de agosto e a mata que a chuva vestiu de verde durante os meses de fevereiro, março e abril começa a mudar de cor. Os galhos surgem nus, despidos, cinzentos com algumas folhas, as mais resistentes, penduradas, ressequidas; outras já repousam no solo, adormecidas entre troncos e pedras à espera da mandíbula perspicaz de um caprino para sugá-la e calar a fome nos meses vindouros; outras se transformarão em alimento para a vegetação rasteira brotar na próxima invernada. A aroeira que perde sua coroa fica de braços esticados, cambaleando, como a pedir socorro; do alto, olha o marmeleiro, a catingueira, o bamburral, pelados, entregues ao calor do sol e ao soprar do vento, desprotegidos, com os corpos expostos. De longe, o juazeiro de raízes profundas aparece com a sua melhor roupa, deseja proteger a vizinhança, mas tampouco pode sair do seu lugar, está agarrado demais ao chão. Fica a olhar de forma desconfiada sem poder fazer nada, apenas espera o homem, a cabra, a vaca, o cavalo a se proteger em sua guarita que abraça a todos sem distinção. As poças d’água que se acumularam apoiadas em barrancos que margeiam as estradas também começam a se despedir e vão sumindo, indo embora, pouco a pouco, deixando sem alimento as algas, os peixes que são tragados pelos longos bicos das aves que ficam de espreita esperando o melhor momento para atacá-los e sugar os últimos suspiros de vida que ainda lhes restam. Pouco a pouco, o homem, o gado, assiste a vida adormecer, o Sol mostrar as ‘ventas’, escanchar em suas corcundas e dançar o galope da seca até a chuva voltar.









Francisco de Assis Sousa é professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Ensino Fundamental em Vila Nova do Piauí e do Ensino Médio em São Julião-PI

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PARA ONDE VOU?


Pra onde vou?
não sei
e por que as pessoas precisam saber
para onde vão?
eu vou pra qualquer lugar
vou por aí,onde quer que haja uma flor,uma estrela,um pedaço de nuvem..
onde quer que haja alguém
que saiba ler dentro de mim
que não saiba de onde vim
nem me faça perguntas... para onde vou?
vou pra qualquer lugar
onde haja sorrisos
e lagos serenos
campos de alfazema
beiras de narcisos...
se queres vir comigosó te peço silêncio
não espante as borboletas do caminho
e não perguntes nunca
para onde estou indo...


MARIZA ALENCASTRO

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Colorado, Paraná, Brazil
Sou poesia,sou procura, sou ilusão.