Olho no espelho,
procuro mas não vejo
a imagem perfeita que gostaria que existisse.
Vejo-me como se fosse uma alma sem destino,
sem lar,
sem luz,
sem espaço e sem prosperidade.
Lá vou eu
pelos caminhos da minha existência
a procura de um berço aconchegante
onde eu possa estirar os olhos
e não encontrar o eu melancólico,
escuro,
cercado pelas muralhas da solidão
e conseguisse ver um eu metamorfósico,
colorido,
as portas da prosperidade e da felicidade.
Ao meu redor,
figuras insolentes,
desesperadoras e barulhentas,
mecanizadas,
movidas à energia e as substancia venenosa
que afetam e agridem meu ego
tão sensível e solidário.
Entre passista da ponte,
encontro-me rodeado de figuras estranhas
e indesejáveis.
Falta você...
onde esta você?
Onde andarás?...
Encontro-me no núcleo central
de um prédio da zona sul
são inúmeros indivíduos ao meu redor,
mas aquilo que vinha a ser o meu desejo de ver,
de aparecer diante dos meus olhos,
tornava-se cada vez mais distante
que nunca a minha fértil imaginação
seria capaz de medir ao menos que fosse
a distância possível em relação à imagem
que minha visão gostaria de encontrar.
Eu era
naquela cidade grande
um eterno eu
a procura de um tu
que nunca se manifestava.
Francisco de Assis Sousa
procuro mas não vejo
a imagem perfeita que gostaria que existisse.
Vejo-me como se fosse uma alma sem destino,
sem lar,
sem luz,
sem espaço e sem prosperidade.
Lá vou eu
pelos caminhos da minha existência
a procura de um berço aconchegante
onde eu possa estirar os olhos
e não encontrar o eu melancólico,
escuro,
cercado pelas muralhas da solidão
e conseguisse ver um eu metamorfósico,
colorido,
as portas da prosperidade e da felicidade.
Ao meu redor,
figuras insolentes,
desesperadoras e barulhentas,
mecanizadas,
movidas à energia e as substancia venenosa
que afetam e agridem meu ego
tão sensível e solidário.
Entre passista da ponte,
encontro-me rodeado de figuras estranhas
e indesejáveis.
Falta você...
onde esta você?
Onde andarás?...
Encontro-me no núcleo central
de um prédio da zona sul
são inúmeros indivíduos ao meu redor,
mas aquilo que vinha a ser o meu desejo de ver,
de aparecer diante dos meus olhos,
tornava-se cada vez mais distante
que nunca a minha fértil imaginação
seria capaz de medir ao menos que fosse
a distância possível em relação à imagem
que minha visão gostaria de encontrar.
Eu era
naquela cidade grande
um eterno eu
a procura de um tu
que nunca se manifestava.
Francisco de Assis Sousa
2 comentários:
Este texto é o melhor do autor, já li alguns dele, mas este fala da sua própria solidão como pessoa que esta a uma procura não do amor, mas de sua própria identidade social.
A frase a procura de um tu, ele fala de si mesmo, mas ao final do livro percebe-se que o autor encontrou o que procurava, sua própria identidade como um ser.
Myrian, lindo demais seu Blog. Puxou a autora e poeta...
Um lindo início de ano para ti... obrigado por estar aqui perto durante este que passou.
Não desapareça....
Bjs do ZC
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